domingo, 11 de maio de 2008

(sem título #2)

No primeiro banho depois da morte
sonhei que as ervas doces do amanhecer
me acariciavam o rosto.
Trinquei o fruto que é chama
de desilusão,
e com os olhos desenhei nas brumas
o nome que ouço alguém gritar quando
as fadas se escondem.
Tranquei o meu corpo num caixão
de chamas, para não mais
me chorar nos dias de sol.
O que restar do mundo será a minha prisão.

1 comentário:

Anónimo disse...

brilhante, André!