sexta-feira, 2 de maio de 2008

(sem título #1)

Vivem tempestades em teus olhos.

Consigo ver as suas marcas em sulcos
cavados no teu rosto.

Não há consolo para o peito ferido.

Escolhes a imensidão do vazio;
adoptas na pele a aridez do deserto.
As mãos já não sentem o frio gelar
os lobos que vivem no teu sangue.

O silêncio será a tua prisão.

1 comentário:

meldevespas disse...

Lindo!!!
Ás vezes sinto-me assim tão árida e vazia...